Dando
como certa a candidatura do PDT à Presidência da República em 2018, o
presidente nacional do partido, Carlos Lupi, disse nesta quinta-feira que tem
procurado dirigentes do PT em busca de apoio à candidatura do ex-ministro Ciro
Gomes. O pedetista afirmou que tem ouvindo de uma "parcela
significativa" de líderes do partido da presidente Dilma Rousseff que Ciro
pode ser uma opção para o PT.
"Tenho
tido conversas com muitos dirigentes do PT, hoje (ontem) mesmo estive almoçando
com um, e a receptividade ao nome do Ciro é muito boa", disse Lupi, sem
mencionar os nomes desses petistas. "Em resumo, eles dizem que o Ciro pode
ser uma opção para o PT", afirmou.
A
possibilidade de o PT não ter candidato para suceder a presidente Dilma
Rousseff em 2018 tem sido admitida por integrantes da base aliada e até mesmo
do partido, em razão da crise pela qual a legenda passa em decorrência das
investigações da Operação Lava Jato.
Lupi
ressaltou nesta quinta-feira uma relação de "fraternidade antiga"
entre o seu partido e o PT. Entre idas e vindas, o PDT participa de governos
petistas desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente,
a legenda ocupa o Ministério das Comunicações, com o deputado André Figueiredo
(CE).
A
presidente Dilma tem uma relação especial com o PDT. Antes de entrar no PT, ela
foi filiada à legenda. Hoje, a petista deve participar da reunião do diretório
nacional do partido de Lupi, quando a sigla pretende fazer um ato em defesa do
mandato dela. O diretório deve referendar posição contrária ao impeachment, já
aprovada pela executiva nacional da legenda em dezembro.
Em
mais um gesto de apoio a Dilma, o diretório deve reiterar o pedido de
afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto político
do Planalto. O peemedebista foi o responsável por abrir o processo de
impeachment da petista, em dezembro do ano passado.
O
diretório nacional do PDT também deve aprovar a tese de candidatura própria em
2018. Segundo Lupi, essa decisão já tinha sido avalizada pela executiva
nacional desde o início de 2015, mas, assim como a posição contra o
impeachment, precisa ser referendada. O presidente nacional do PDT ressalta que
o partido terá candidatura própria em qualquer que seja o cenário de 2018, até
mesmo se Lula for candidato.
Apesar
de ponderar que outros nomes do PDT poderão disputar a indicação da sigla, Lupi
acha "difícil" alguém bater Ciro. O ex-ministro, que já foi candidato
a presidente duas vezes - em 1998 e 2002, ambos pelo PPS - tem feito um giro
pelo País em busca de apoio. Atualmente, ele trabalha na Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN) comandando os trabalhos da construção da ferrovia
Transnordestina.
(AE)
Sexta-feira,
22 de janeiro, 2016
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